Luísa Pinto, investigadora do ICVS e da Escola de Medicina da Universidade do Minho, ganhou um dos prémios do Nature Research Awards for Driving Global Impact, que distingue investigadores em início de carreira pelo trabalho, desenvolvido e potencial, com impacto na comunidade.
Luísa Pinto é uma das três vencedoras do prémio Nature que distingue jovens cientistas cuja investigação tem um impacto positivo na comunidade. A investigadora da Universidade do Minho era a única mulher e a única portuguesa no restrito lote de finalistas, sendo esta terça-feira anunciado que foi uma das três pessoas a vencer o prémio. O NatureResearch Awards for Driving Global Impact pretende distinguir a carreira de jovens investigadores com impacto criado e potencial, sendo que além do currículo, os candidatos submetem um projeto a desenvolver. No caso de Luísa Pinto, a depressão é um dos tópicos que tem trabalhado, sendo que com esta proposta pretende construir uma base para criar novos antidepressivos.
A investigadora portuguesa, uma das três galardoadas, recebe assim uma bolsa de 10.000 dólares americanos (mais de 9.000 euros), à qual se acrescenta um perfil na revista Nature e no sítio online do prémio.
Luísa Pinto estuda a relação entre os astrócitos gerados de novo no cérebro adulto – células do sistema nervoso central que têm a função de sustentar e nutrir os neurónios, bem como regular os neurotransmissores – e a patofisiologia da depressão,procurando encontrar novos rumos para a pesquisa clínica e terapias mais eficazes.
No projeto apresentado, a investigadora pretende atacar a doença, através de uma visão integrada e inovadora acerca do papel dos astrócitos gerados de novo no hipocampo e da sua função num cérebro deprimido. A partir daqui, tendo o potencial para encontrar um novo conjunto de alvos terapêuticos, o objetivo é desenvolver novas intervenções terapêuticas, como novos antidepressivos.
O vencedor do prémio foi Tom Baden (Universidade de Sussex, Reino Unido), com Luísa Pinto e Alan Gow (Universidade Heriot-Watt, Reino Unido) a serem anunciados como segundos classificados.
A depressão afeta cercade 300 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que mais de 30% dos pacientes não tem respostas positivas às terapias existentes atualmente.
Maisinformações em: https://www.nature.com/collections/ccjnyjxvmp/winners